Sem chutar uma bola profissionalmente desde 1977, Pelé permanece com credibilidade, respeito e admiração por parte do público, o que o torna alvo predileto dos mais diversos tipos de produtos para os quais negocia quantias milionárias e assim liga sua imagem a comerciais para todos os tipos de mídias pelo mundo. Um estudo dos autores ingleses Des Dearlove e Stuart Crainer, especialistas em poder das grifes, diz que a marca Pelé poderia atingir US$ 1 bilhão, superando os astros Michael Jordan, Tiger Woods e Muhammad Ali.
Mas o que faz Pelé ser diferente de outros grandes ídolos do futebol, que também já pararam e com o tempo perderam parte da aura que acumularam em suas carreiras? Muitos especialistas indicam que o maior "golaço" do Rei não foi nenhum dos 1.284 que estufaram as redes adversárias em duas décadas. Mas, sim, ter ido jogar nos Estados Unidos em 1975, para defender o Cosmos, de Nova York. Além dos salários de US$ 4,5 milhões por ano (excepcionais para a época) e a divulgação de um esporte com pouco interesse na terra do Tio Sam, Pelé teve a oportunidade de conviver com grandes investidores dos EUA, que lhe abriram as portas para vantajosos contratos publicitários. Há tempos, Pelé sonha com a aposentadoria. Mas parece que essa disputa ele não vai vencer nunca.
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